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A ameaça do pagode

A ameaça do pagode

Quando foi anunciada a suspensão dos trabalhos do grupo Exaltasamba, houve uma certa apreensão no cenário musical brasileiro. Num período onde a hegemonia da música sertaneja é incontestável, o Exaltasamba era praticamente o único grupo de pagode que conseguia competir com a música sertaneja, seja em interesse da mídia ou em presença em festas ao redor do Brasil. Com o fim do grupo, o samba e o pagode perderiam o seu maior representante. Mas no cenário sertanejo, ao contrário, a preocupação era com o súbito e compreensivo interesse dos outros grupos em ocupar a vaga deixada pelo Exalta, o que poderia provocar um novo boom do pagode com a consequente queda no interesse pela música sertaneja, dada a quantidade de novos investimentos em prol desse objetivo.

Na própria música sertaneja, alguns pauzinhos começaram a ser mexidos. Coincidência ou não, o escritório do Sorocaba fez a primeira incursão fora do segmento sertanejo e “adotou” o grupo Inimigos da HP. O grupo participou do DVD “Acústico 2” da dupla e o CD, produzido pela mesma equipe da dupla (Laércio da Costa e cia.), acaba de ser finalizado. É claro que a intenção é também conquistar a fatia de mercado deixada pelo Exaltasamba.

No ano passado, também, um outro rumor começou a circular, desta vez com mais força que antes. O Alexandre Pires estaria planejando uma turnê com o “Só Pra Contrariar”, o que também poderia ser encarado como um interesse no mercado do Exaltasamba. Mas aparentemente essa turnê só vai ser realizada depois que um novo disco solo (um DVD Acústico MTV em Miami) for gravado e trabalhado. Enfim, dependendo do sucesso dessa nova turnê internacional dele, o revival com o SPC poderia nem acontecer.

No dia 22 de fevereiro, o Exaltasamba faz o último show da turnê de despedida, apos 25 anos de história. Depois disso, o Tiaguinho segue com sua carreira solo. A música de trabalho já foi lançada. Aliás, o próprio Tiaguinho, que teoricamente assumiria toda a equipe e fatia do público do Exalta, pode acabar encontrando muita concorrência e certa dificuldade em aproveitar o espaço deixado pelo grupo.

Esses são apenas alguns exemplos de artistas que estão aparentemente se movimentando para tentar assumir o espaço deixado pelo Exaltasamba. Não dá pra deixar de mencionar os grupos e artistas que já gozam de certo prestígio junto ao público e cujas jogadas comerciais ainda não realizadas podem exercer influência na possível retomada do pagode e consequente queda de interesse pelo sertanejo, como o Belo, o Sorriso Maroto, o Jeito Moleque, o Revelação e alguns outros.

Mas a preocupação inicial, apontada logo após o anúncio da suspensão dos trabalhos pelo grupo Exaltasamba, já parece ter diminuído. Meses depois, a poeira baixou. Não creio que hoje essa ameaça à hegemonia da música sertaneja é tão preocupante quanto parecia ser quando o Exalta decidiu parar. Não sei se os pagodeiros desistiram da idéia de despejar rios de dinheiro no mercado para movimentar o segmento e tentar, cada um a seu modo, assumir o espaço deixado pelo Exaltasamba, ou se a força do sertanejo atualmente, que já ultrapassa as fronteiras do território nacional, é tamanha que praticamente impede qualquer jogada de artistas de outras áreas.

Acontece que o pagode encontra dificuldade na própria mídia. Veículos como a Globo, por exemplo, estão dando muito mais espaço a sambistas da velha guarda, como Arlindo Cruz, e a artistas do gênero que seguem uma linha mais tradicional, como Diogo Nogueira, do que a grupos que poderiam conquistar o jovem e festeiro público deixado pelo Exaltasamba. Ironicamente, o cariococentrismo da Globo, que historicamente sempre foi prejudicial para a música sertaneja, desta vez está sendo um empecilho para o pagode.

Por mais que essa ameaça à hegemonia da música sertaneja não seja mais tão iminente quanto na época do anúncio do fim do Exalta, não acho que ela deva ser completamente descartada. Apesar de no pagode não parecer haver por agora tanto interesse em utilizar táticas agressivas como no multimilionário mercado sertanejo, essa situação pode mudar. Se o espaço deixado pelo Exaltasamba ainda se mostrar interessante aos demais artistas e grupos de pagode, essa corrida pode de novo ser retomada. E com mais força que antes. E o sertanejo pode talvez começar a sentir as consequências.