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Ainda sobre os jovens e a música sertaneja atual…

Depois da publicação de um artigo essa semana a respeito do crescimento do funk em detrimento do sertanejo com a utilização das mesmas táticas que o sertanejo já usa há 15 anos, pelo menos, uma reclamação surgiu em alguns comentários recebidos em mensagens privadas. Aparentemente, defender a ideia de que o sertanejo deve voltar a falar a língua dos jovens para não perder de vez o mercado para segmentos como o funk, o pop, o eletrônico e outros que agradam muito mais ao real público comprador de ingressos e consumidor de música através das plataformas digitais não caiu muito bem para algumas pessoas. “Ora, justo agora que o sertanejo está voltando a ser um pouco mais “˜sertanejo”™ eu venho com um despaltério desses?”, alardearam.

Bem, na verdade essa sempre foi uma das discussões mais irritantes do nosso campo de comentários desde o começo do blog, junto com a eterna frase “mas isso não é sertanejo” sempre que eu postava algo sobre algum artista um pouco mais ousado. O problema é que os apreciadores mais conservadores de música sertaneja não parecem entender que a sobrevivência do gênero depende disso, dessa diversidade, desse ecletismo e dessa absorção de influências. O que eu quero debater neste artigo é o fato de que, ao se voltar de novo apenas ao seu público mais tradicional, o sertanejo acaba perdendo espaço para outros gêneros. Vamos aos fatos.

Ainda que alguns artistas da velha guarda gostem de dizer que o sertanejo já não é mais o mesmo, acredito que há anos não víamos uma reaproximação tão grande entre o gênero e seus temas e formatos mais tradicionais. Nos últimos tempos, o acústico de regravações voltou com tudo e a bachata, geralmente sobre cachaça e sofrimento, se tornou absoluta nas playlists sertanejas. E, como de praxe sempre que algo costuma dar certo, foi praticamente todo mundo pra esse lado. E cá estamos nós, de novo, ouvindo praticamente uma mesma música rodando num loop infinito nas rádios o dia todo. Mas não, são várias músicas teoricamente diferentes, por mais que não pareça.

O problema deste tipo de sonoridade e de temática é o público que ela atinge. Enquanto outros segmentos de maior destaque atualmente conversam melhor com um público entre 17 e 23 anos, o sertanejo tem se acomodado e se contentado em falar com um público acima dos 25 anos, justamente o que amadureceu acompanhando a consolidação do gênero na última década. Ora, foi este o público que acompanhou o auge do sucesso de artistas como Jorge & Mateus, por exemplo. Acontece que o ciclo, que normalmente dura estes mesmos 10 anos, precisa ser renovado. É a lei natural do mercado. “Fio de Cabelo” foi hit no começo dos anos 80, “É o amor” no começo dos 90 e “Dormi na Praça” no começo dos 2000. Reparem como, mesmo todas sendo românticas, possuíam cada uma a sua própria sonoridade, reflexo destas respectivas épocas. Mas a sensação de nostalgia da geração atual não tem permitido que isso aconteça. E pouquíssimos artistas tem buscado uma “novidade”.

A renovação passa por direções diversas. Apesar do tema “sofrimento” e “bebida” fazerem parte da essência da música sertaneja desde que o gênero começou a migrar para as áreas urbanas, tudo que é demais enjoa. E mais uma vez peço que puxem na memória estas mesmas épocas que eu citei com estas respectivas músicas. Foram momentos de fechamento de um ciclo e começo de outro. E sempre com uma pisadinha no freio no que diz respeito à bebedeira nas músicas. Tudo bem que essa linguagem sempre acaba voltando, mas é bem evidente que o ciclo só se renovava quando o sertanejo parava de exaltar tanto a bebida. E assim ganhávamos uma sobrevida de mais uns 10 anos, pelo menos, até que a saturação novamente exigia algo novo.

A era universitária, então, fez com que diminuíssemos até o grau de sofrimento das músicas. Com as vaneiras e um romantismo um pouco mais ameno, o sertanejo universitário ajudou a atrair uma geração que sentia repulsa pelo gênero justamente por conta do excesso de “breguice”. Ora, é exatamente daí que vem o termo “universitário”. A partir de então, o que vimos foi uma explosão de receita, o surgimento de grandes festivais sertanejos, de grandes escritórios e o inflacionamento da máquina do mercado. Ao atrair o público jovem, o sertanejo deixou de ser de vez um estilo marginalizado, das periferias, para se tornar o estilo número 1 do país, tanto em termos de preferência do público geral quanto em arrecadação. Mas enquanto gêneros cujo espaço o sertanejo acabou tomando preferiram focar em reclamar ao invés de se renovar, outros gêneros outrora marginalizados (funk, forró, etc) foram aprendendo as nossas estratégias e, agora, começam a fazer conosco o mesmo que fizemos com o rock, o axé e a MPB. Foi isso que eu falei no último texto.

Mas a nossa reação não pode ser a mesma dos roqueiros saudosistas, por exemplo, que simplesmente abominam qualquer tentativa de salvar o gênero deles comercialmente através de uma popularização ou modernização. Grupos como Banda Malta, Restart e qualquer outra que tentaram reviver o rock nos últimos anos sofreram muito mais preconceito dentro do próprio segmento do que fora dele. O resultado está aí: o rock nacional praticamente morto, com pouquíssimo ou nenhum apelo em shows, exceto com bandas históricas. E olhe lá.

Artistas sertanejos modernos não deveriam, portanto, ser atacados pelos próprios admiradores de música sertaneja. A síndrome de roqueiro oitentista pode acabar conosco. E voltar ao passado através dos temas e das sonoridades ao invés de buscar algum novo tipo de som só vai acelerar o processo. Não é porque os jovens passaram a migrar para o pop da Anitta, Pablo Vittar e Iza, ou para o funk do Kevinho e do Jerry Smith, ou para o eletrônico do Alok, Baskhar, Jet Lag e Vintage Culture, que devemos simplesmente sentar e deixar acontecer conosco o mesmo que aconteceu com outros gêneros. Somos nós que devemos puxar influências do som deles, e não o contrário. Mas e se tudo o que poderia ter sido experimentado em outras épocas já foi, qual seria a solução?

Bem, acho que o melhor exemplo atual de renovação saudável e inteligente é o da dupla Matheus & Kauan, que têm focado o máximo que pode numa linguagem pop, tanto nas letras quanto nos arranjos. Acabaram sendo a dupla de melhor resultado em 2017. E até a própria Marília Mendonça, que praticamente foi quem fez explodir de novo o “sofrimento” dentro da música sertaneja, já enxergou a necessidade de uma renovação. Todas as suas músicas mais recentes bebem da fonte do pop, mesmo falando sobre temas aos quais ela já está acostumada. Ou seja, não se trata de fugir completamente da linguagem sertaneja, mas sim de trazê-la de uma forma que o jovem também entenda e abrace. No momento, acredito que a melhor influência esteja no pop, já que o linguajar do funk é, na falta de uma palavra melhor, abominável. Sério, a vontade é de cortar os pulsos cada vez que eu vejo um sertanejo “sarrando” ou cantando músicas que falam em “sentar” e “quicar”. Ora, se até a Anitta largou o funk de lado para focar totalmente no pop e acabou se tornando uma artista de projeção internacional, por que os sertanejos que percebem a necessidade de uma renovação insistem em beber da fonte errada?

Trazer o sertanejo de volta à sua essência corna, brega e etílica é ótimo, maravilhoso, incrível. Mas apenas para quem ama o gênero. Porque, comercialmente falando, é um baita tiro no pé. Quanto mais nos afastamos do público jovem, consumidor de músicas nas plataformas e comprador de ingressos, mais nos afundamos na crise. E não é porque Zé Neto & Cristiano, por exemplo, explodiram de novo justamente nessa vertente, que todo mundo vai explodir. Ora, os últimos artistas sertanejos a acertarem grandes hits passeiam todos por sonoridades distintas. Enquanto Zé Neto & Cristiano estão num momento mais “sofrido” nos temas das músicas, Thiago Brava e Cleber & Cauan acertaram um reggae cada, por exemplo. E se copiar Zé Neto & Cristiano fosse a solução para os problemas atuais do mercado, todo mundo estaria estourado, né, afinal eles são os mais copiados do momento. E eu não estaria aqui, mais uma vez, alertando para o fato de que o sertanejo está perdendo cada vez mais espaço.

Trazer uma linguagem mais jovem de volta ao sertanejo, como no começo da era universitária, não é necessariamente abandonar a essência da nossa música. É apenas uma questão de sobrevivência. Afinal, as pessoas envelhecem e novas gerações surgem. O mundo gira. E se não tomarmos cuidado, corremos o risco de perder o carinho das novas gerações que estão chegando. Você não é obrigado a ouvir o que não gosta. Mas é melhor continuar tendo a opção de ouvir a sua dupla preferida lançando novos trabalhos ao longo dos anos do que vê-la se acabando porque não aguenta mais perder espaço nas casas, feiras e eventos pra um funkeiro, um DJ ou uma diva rebolativa qualquer com uma música na boca dos… jovens. E até a sobrevivência das duplas e artistas mais tradicionais depende justamente dos jovens sertanejos que sabem conversar melhor com esse tipo de público.

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