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E se o João Paulo não tivesse morrido…

Eu não gosto dessa coisa de homenagens póstumas. Uma pessoa não precisa morrer para ser lembrada. Acho muito “fácil” postar um texto em ocasião do aniversário de morte de alguém considerado importante para qualquer segmento. Fácil e chato. Mais chato ainda é o cara que entra no blog e fica reclamando do fato de eu não ter postado nada a respeito da morte ou do aniversário da morte de alguém como se eu tivesse algum tipo de obrigação imposta por lei de fazer isso. Puta que pariu, que coisa chata. Sério, parem com isso.

Esta semana fez 15 anos que o grande cantor João Paulo, parceiro do Daniel em uma das melhores duplas sertanejas de todos os tempos, faleceu num trágico acidente de carro. Não, eu não vou ficar aqui relembrando os grandes sucessos da dupla nem ficar fazendo nada mais do que pura e simples demagogia. Ao invés disso, andei pensando em algo diferente. Tema este, aliás, sobre o qual eu já havia pensado em escrever antes do aniversário da morte do João Paulo.

Já pararam pra pensar em como seria a música sertaneja se por acaso o João Paulo não tivesse morrido naquele acidente e se a dupla João Paulo & Daniel continuasse a trajetória ascendente rumo ao estrelato e ao topo da música sertaneja? O que seria diferente? Aliás, alguma coisa seria diferente? O que de fato representaria a dupla João Paulo & Daniel para a música sertaneja se o João Paulo ainda fosse vivo?

Bem, há que se lembrar qual era a realidade da música sertaneja na época que o João Paulo era vivo. Ainda vivíamos sobre a “ditadura” AMIGOS, ou seja, aquelas três duplas que obrigatoriamente tomavam conta de todo o mercado sertanejo. Na época dos AMIGOS, o que havia além deles era apenas uma segunda turma de duplas que vez ou outra os outros canais de TV tentavam agrupar de forma a criar um dream team sertanejo que pudesse concorrer com as 3 duplas principais: Chrystian & Ralf, Gian & Giovane e João Paulo & Daniel. A BAND chegou a criar um programa de TV apresentado por Chrystian & Ralf e por João Paulo & Daniel, mas não durou muito. Tem alguns vídeos no Youtube. Curiosamente, estas três duplas chegaram a participar da segunda edição anual do especial AMIGOS da TV Globo, cada dupla dividindo o palco com uma das duplas principais.

Paralelamente, a dupla João Paulo & Daniel prosseguia com um trabalho de grande aceitação. Ainda não havia chegado o momento do estouro definitivo para a dupla, mas a cada disco eles conseguiam emplacar um ou dois hits nas paradas. Com “Estou apaixonado”, entretanto, a dupla conseguiu chegar a um patamar mais elevado. A partir dali, o que fosse lançado pela dupla João Paulo & Daniel poderia definir o que de fato aconteceria com a dupla e, por que não, com a música sertaneja.

Lançaram o disco seguinte, que tinha como música de trabalho a belíssima “Ela tem o dom de me fazer chorar”. Apesar de não ter ocasionado a tal explosão definitiva da dupla, o disco continuou o bom trabalho de consolidação da dupla no mercado. Coisa que outros artistas sertanejos fora do trio de duplas que formavam os AMIGOS ainda não haviam conseguido de fato. Claro que vários artistas sertanejos gozavam de grande prestígio e respeito, mas nada comparado a Leandro & Leonardo, Zezé di Camargo & Luciano e Chitãozinho & Xororó.

Acontece que o estouro da dupla João Paulo & Daniel era iminente. Parecia óbvio que eles conseguiriam superar os AMIGOS em pouco tempo. Não dava para evitar que isso acontecesse mais cedo ou mais tarde. Apenas uma tragédia impediria aquilo que parecia estar escrito. Mas infelizmente a tragédia aconteceu. João Paulo sofreu um acidente de carro fatal e uma das melhores duplas sertanejas de todos os tempos infelizmente deixou de existir.

Há quem diga que o estouro iminente da dupla João Paulo & Daniel só não aconteceu porque se tratava de uma dupla formada por um branco e um negro. Eu não compartilho desta teoria, afinal de contas a música brasileira em geral sempre foi composta de grandes ícones de etnia negra, como Gilberto Gil e tantos outros. Como grande apaixonado pela música sertaneja, me recuso a acreditar que o público do nosso segmento seja tão mesquinho e racista a ponto de não aceitar por completo a dupla João Paulo & Daniel apenas porque o João Paulo era negro. Ainda acho que o estouro definitivo da dupla estava prestes a acontecer. Além do mais, creio que trata-se apenas de uma preferência histórica. Não se costuma ver negros na músicas sertaneja assim como não se vê no rock e assim como não vemos brancos no samba e no pagode. Isso quer dizer que os roqueiros são racistas? Os pagodeiros e sambistas também? Não creio.

E digo mais: se o João Paulo estivesse vivo quando aquele disco com o show de 1996 captado ao vivo em Brotas fosse lançado, aquele sim seria o grande momento da mudança no cenário sertanejo, a antecipação do que aconteceu com a dupla Bruno & Marrone três ou quatro anos depois. Ora, a dupla Bruno & Marrone conquistou aquilo que estava predestinado para a dupla João Paulo & Daniel anos antes. E quase com a mesma fórmula. Se lembrarmos bem, aquele disco com o show de 1996 lançado após a morte do João Paulo consistia na execução crua, simplória, ao vivo, suja e por isso mesmo maravilhosa das melhores canções da dupla. Ora, o acústico na rádio da dupla Bruno & Marrone não era basicamente a mesma coisa??? E o Acústico 2001 não era apenas uma versão mais rebuscada desta fórmula?

A morte do João Paulo apenas atrasou em cerca de 4 anos o que era pra ter ocorrido já em 1997: o fim da era AMIGOS e o início de uma nova concepção no estilo sertanejo. A etnia do João Paulo não significaria nada. Isso só não aconteceu porque o disco que poderia de fato representar a mudança de paradigma foi lançado quando o artista já tinha morrido. Como trabalhar o disco então? Se tivesse sido lançado antes da morte do João Paulo e tivesse sido efetivamente trabalhado, talvez com algumas músicas inéditas, talvez hoje veríamos mais duplas valorizando as modas de viola, mais duetos de qualidade, mais cantores negros… Mas isso infelizmente não ocorreu.

Acontece que a sacada da dupla Bruno & Marrone em 2001 foi praticamente acidental. Eles se apresentaram num programa de rádio da Lider FM de Uberlândia apresentado pelo Marquinhos Maracanã e cantaram algumas músicas em voz e violão. Quem iria pensar que aquelas músicas passariam a ser distribuídas pelos pirateiros do Brasil? Quem iria pensar que aquele esquema simplório seria o que o público sertaneja estava querendo?

João Paulo & Daniel só não chegaram a ocupar o topo da música sertaneja porque optaram por seguir praticamente a mesma fórmula de quem já estava em alta. Tanto que o último disco que a dupla lançou oficialmente quando o João Paulo ainda era vivo foi produzido pelo mesmo cara que produziu os AMIGOS por quase uma década. Faltou ousadia. Aquele disco com o show de Brotas era exatamente isso, ousado mas despretensioso. Exatamente o que Bruno & Marrone foram em 2001. Ele só foi lançado no momento errado, como uma homenagem póstuma. Lançado, portanto, para que o público continuasse se lembrando do João Paulo. Se ele tivesse sido lançado antes, ou seja, quando o João Paulo ainda era vivo e, portanto, não precisava de nenhuma homenagem póstuma, talvez o segmento sertanejo tivesse mudado um pouco antes e as coisas hoje em dia pudessem ser um pouco diferentes.

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