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Está aberta a temporada 2013 de Mimimi Anti-sertanejo

Está aberta a temporada 2013 de Mimimi Anti-sertanejo

Todo ano é a mesma coisa. Alguma personalidade da música de algum gênero momentaneamente ignorado pela grande mídia e pelo público se insurge contra a música sertaneja através de alguma declaração para a imprensa ou algum discurso durante um show. Ano passado foi o Tico Santa Cruz. No ano anterior, Lobão. Antes, Rita Lee. Na verdade, estes dois últimos costumam se alternar nas críticas no decorrer dos anos. De vez em quando o Nelson Motta também dá lá seus pitacos, já que pra ele tudo é boa música, exceto a sertaneja. Este ano, a temporada de mimimi’s foi aberta por uma figura nova mas igualmente esquecida pela grande mídia e pelas novelas das quais costumava tirar seu sustento: Guilherme Arantes.

Na verdade parece até assunto repetido aqui no Blognejo. Toda vez que alguém fala alguma coisa contra a música sertaneja, lá vou eu escrever algo a respeito. Se estivéssemos numa fase um pouco mais intensa de lançamentos, provavelmente eu não escreveria nada. Mas como a música sertaneja anda meio parada por esses dias, bora repetir assunto, rs.

Antes de dissertar a respeito, seguem algumas frases “sensacionais” (as aspas são sarcásticas) ditas pelo Guilherme Arantes durante sua entrevista ao portal Uol. “Existe esse cenário de balada em um país infantilizado como Brasil, um país que perdeu a profundidade. Agora é uma coisa rasa, é só festa. É só sertanejo, pagode. É só cana, laranja e boi. O Brasil emburreceu devido à monocultura.” Reparem que ele fala em monocultura, o que qualquer leigo entenderia como o predomínio de apenas um tipo de cultura, mas emenda enumerando vários segmentos musicais predominantes em regiões diferentes do país: “Foi uma inserção no mercado de uma massa de excluídos. São goianos, são sertanejos, é o mundo da agromúsica. Houve essa inclusão das festas populares. Você tem a ascensão de uma classe média negra, que é quando surge o pagode; da classe média baiana, que dá no axé; de Goiânia com o sertanejo, e agora com o Pará“.

É no mínimo paradoxal dizer que vivemos atualmente uma monocultura e depois dissertar sobre os diversos gêneros musicais em voga no Brasil atual, onde a voz do povo é que determina o que será tocado nas festas e rádios e o que vai entrar na trilha das novelas. Aproveitando a ocasião do lançamento do seu novo disco, Guilherme Arantes também concedeu entrevista ao portal Terra, onde vai além nas críticas à música sertaneja. Se na entrevista ao Uol o paradoxo se destacou no termo monocultura, na entrevista ao Terra ele é mais escandaloso. Ao debater a música sertaneja atual, ele usa a frase “É obsceno ficar rico assim” e emenda defendendo o funk ao dizer que “o funk carioca tem uma coisa única, pegada incrível, pegada sexual ““ pegada do Eros. A coisa erótica é altamente positiva pra a sociedade“.

Faço questão de repetir: “A coisa erótica é altamente positiva pra a sociedade“. É sério. Não sei se o significado da palavra OBSCENO mudou na última reforma ortográfica, mas o sr. Guilherme Arantes disse, SIM, que obsceno não é o funk carioca, mas sim ficar rico com música sertaneja!!!!! Não sei se tinha algum traficante dos morros cariocas apontando uma arma pra cabeça dele nesse momento pra ele desvirtuar tanto assim o significado da palavra “obsceno” em desfavor dos sertanejos e em favor do gênero assumidamente erótico nascido nas favelas do Rio, mas SIM, ele o fez.

As palavras do Guilherme Arantes nestas duas entrevistas (Leiam AQUI e AQUI) destacam mais uma vez uma característica da elite cultural brasileira que predomina, creio eu, desde que o Rio de Janeiro foi a capital do país: o cariococentrismo. E olha que ele é paulista. Mas as suas palavras ressaltam bem a gana carioca (destacada pelo domínio da Rede Globo, por mais que isso pareça uma daquelas velhas e bestas teorias conspiratórias) em fazer do Rio de Janeiro o único centro urbano (com um espacinho para a cidade de São Paulo talvez) capaz de fazer música para o resto do Brasil. Ele criticou tudo o que vem das regiões menos favorecidas do país, mas elogiou justamente o gênero que nasceu no Rio de Janeiro. Mais uma demonstração de que o Funk é de fato respeitado pela elite intelectual brasileira como um movimento cultural, como a voz da comunidade, mas o sertanejo e outros gêneros não. A velha mania carioca e paulista de achar que o que não vem de lá não têm qualquer importância cultural, característica que deve ser conferida apenas ao que é produzido no Rio e em São Paulo.

Engraçado também o argumento do Guilherme Arantes de que o nome do mestre Milton Nascimento nem é conhecido em algumas regiões do país, dando a entender que a elite cultural deve, sim, impor ao resto do Brasil o que se deve conhecer de música. Agora, será que ele saberia alguma coisa a respeito de Tião Carreiro, Tonico & Tinoco, Teixeirinha? Duvido. Isso porque estou falando apenas de expoentes clássicos do nosso gênero musical. Se falarmos em Nordeste, é provável que usem como argumento o fato de saberem tudo sobre o Gonzagão, como se aquela região se resumisse apenas ao rei do Baião. É extremamente válido que essas referidas regiões do Brasil conheçam Milton Nascimento, mas por que não apresentar também o Tião Carreiro à grande mídia, principalmente a carioca, só pra citar um exemplo?

Mas se o Guilherme Arantes tropeçou nos próprios argumentos e distorceu os reais significados de palavras como “monocultura” e “obsceno”, o vocalista do Skank Samuel Rosa foi um pouco mais sutil e coerente. Apesar de também ter demonstrado uma postura crítica com relação ao sertanejo, até que seu argumento é bastante válido. NESTA ENTREVISTA, ao ser questionado sobre o cenário atual do rock nacional, ele diz: “Tudo hoje é muito aguado, diluído, superficial. O Brasil está muito caipira. É estranho. Será que da música sertaneja, chamada de maneira muito simpática de universitária, vai emergir uma cabeça pensante no nível de Herbet Vianna, Renato Russo e Cazuza? Eu duvido. Andávamos em mãos melhores“.

Não adianta tapar o sol com a peneira. Enquanto crítica social, o sertanejo nunca funcionou muito bem. E levando isto em consideração, o argumento do Samuel Rosa é válido. Mas se a ideia dele com este argumento era salientar uma teórica falta de compositores do gabarito de um Renato Russo, de um Herbet Vianna ou de um Cazuza no segmento sertanejo, talvez tenhamos como refutar. É claro que nenhum dos nossos compositores teve até algum tempo atrás o mesmo apelo junto aos jovens que os compositores por ele citados. Mesmo assim, não dá pra ignorar a qualidade absoluta da obra de artistas como Moacyr Franco, José Fortuna, Goiá, Teddy Vieira, Dino Franco… isso buscando dos anos 80 pra trás. Nos anos 80 e 90, Roberta Miranda, Zezé di Camargo e outros. Poucos, é verdade. E de 2000 pra cá, talvez possamos listar Victor Chaves, Paula Fernandes e alguns outros cuja profundidade das letras e melodias os capacita a talvez tentar uma vaguinha num possível seleto grupo de mentes brilhantes do sertanejo.

Mas enfim, vejo isso muito mais como uma opinião subjetiva e passível de longos e possivelmente intermináveis debates. E se o rock nacional teve expoentes alçados ao grau de mitos numa rapidez muito mais evidente, apenas de 10 anos pra cá, no máximo, é que o sertanejo começou de fato a falar diretamente aos jovens. Só agora eles descobriram o nosso gênero musical. Ainda temos muita lenha pra queimar. Talvez não tenhamos agora alguém no nível dos citados pelo Samuel, mas creio é possível que tenhamos num futuro não tão distante assim.

Para encerrar, deixo mais um texto relativo ao tema de hoje a título de curiosidade, já que trata-se de uma matéria postada na seção “Música” de um jornal e não de uma opinião emitida por alguma personalidade da música em entrevistas. É um paralelo bastante “cruel” traçado entre a atual música sertaneja e o axé music dos anos 90. E o pior de tudo é que é bastante pertinente na maioria dos pontos. Vale a leitura, apesar de provavelmente servir como a ponta de um charuto aceso em cima de uma ferida aberta na parte externa da mão. Doloroso, com certeza. Leiam AQUI.

Enfim, é só a fase 2013 de mais uma fornada de críticas ao gênero sertanejo e sua, como diria Nelson Motta, “mediocridade”, a maioria motivadas pelo pouco espaço deixado pelo gênero sertanejo na mídia. Mas como bem disse Luan Santana em entrevista recente, justamente sobre as críticas do Guilherme Arantes, que culpa temos se é isso que o público quer ouvir atualmente? Apenas estamos dançando conforme a música e aproveitando o bom momento. Eu pelo menos não lembro de sertanejo dando entrevista reclamando do domínio do rock nos anos 80 ou do axé no final dos anos 90. As coisas mudam e o mundo gira. Uma hora o povo gosta de samba, na outra de funk, na outra de rock. Agora é de sertanejo. Que mal há nisso, afinal de contas? Não se preocupe, Guilherme Arantes, logo logo aparece mais uma novelinha pra você tentar encaixar suas músicas.

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