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I.U.O. Maria Cecília & Rodolfo – Ao Vivo em São Paulo

O crescimento e manutenção do sucesso de um artista não é uma tarefa fácil. Falar isso é chover no molhado. No caso da dupla Maria Cecília & Rodolfo, isso é até um pouco mais difícil. Afinal, a dupla quebra alguns paradigmas que em alguns casos são determinantes para essa continuidade. São a única dupla formada por um homem e uma mulher que ainda têm fôlego o suficiente para se manter num alto nível de sucesso. Todas as outras duplas com esse tipo de formação que ensaiaram algum tipo de estouro (e foram pouquíssimas, diga-se de passagem) não conseguiram se firmar e ficaram à beira do caminho.

Claro que isso se deve em grande parte ao carisma da dupla, principalmente junto aos público jovem. Não é exagero dizer que estão provavemente entre os 3 artistas sertanejos que mais apelo tem junto ao público infanto-juvenil. A postura sempre angelical da Maria Cecília parece agradar muito a galerinha nova (aliás, esse será o tema de um texto muito em breve). Achei engraçado dia desses no programa da Astrid Fontainelle na GNT (Happy Hour) a pequena Clara Castanho (a Rafaela da novela “Viver a vida”) responder de bate-pronto que gostava muito da dupla. A Astrid questionou se ela não gostaria mais do Luan Santana do que da Maria Cecília & Rodolfo e ela não se fez de rogada: disse que não.

O DVD em São Paulo é uma natural consequência desse sucesso. E o disco é praticamente uma reunião das músicas do último trabalho, que foi apenas em CD, com algumas inéditas, não muitas na verdade. A base do repertório realmente são as músicas que já estavam no disco anterior. As melhores músicas do disco continuam sendo “Profecia”, “Só passando pelo que passei”, etc, que já haviam sido gravadas anteriormente. Dentre as inéditas, buscaram canções que pudessem deixar o trabalho um pouco mais agitado. Por isso as músicas “Tchau, tchau” e “O Troco”, que ganhou a participação do Péricles e do Tiaguinho, representando o grupo Exaltasamba.

A parte visual do DVD provavelmente vai ser o maior dos diferenciais do disco. Falo aqui sem medo de errar que é provavelmente uma das imagens com melhor qualidade que já vi num disco sertanejo. Não sei qual câmera usaram, mas a qualidade é gigantesca. Tudo em HD, claro, como todos os outros DVDs, mas no caso deste disco parece que buscaram câmeras ainda melhores e com um efeito um pouco mais interessante que o HD cru como se costuma ver por aí. Ponto para o Fernando Trevisan, o Catatau, sempre competentíssimo.

É claro que boa parte dessa absurda qualidade alcançada com as imagens se deve ao cenário. Ultimamente o que temos visto são cenários mais orgânicos, sem muita parafernália eletrônica, mesmo porque pouca gente sabe usar essa parafernália com a devida criatividade. No caso deste DVD, no entanto, trouxeram de volta os cenários eletrônicos, mas de uma maneira muitíssimo bem pensada e trabalhada. Para ilustrar e homenagear o local da gravação (São Paulo), os painéis eletrônicos imitam uma cidade, com prédios e tudo mais, com as imagens se modificando eventualmente. Além de uma profussão de cores que deixa o disco ainda mais jovem e atrativo.

Músicas no já tradicional ritmo de balada “universitária” (desculpem o termo, mas não pensei n’outro melhor), alternadas com as também já tradicionais vaneiras. Um axezinho aqui, uma romantiquinha ali, mas o padrão continua o mesmo dos últimos trabalhos. Continuando com a mesma idéia do disco passado, só há uma regravação de um grande sucesso do passado (“Como eu quero”, do Kid Abelha). Todas as outras ou são inéditas ou são regravações de músicas que foram pouco trabalhadas por artistas de menor expressão. Nos arranjos e harmonias do DVD, como já é de praxe nos discos da dupla, uma pegada mais contemporânea. E sempre com a segurança e constância do Ivan Miyazato, que sabe deixar o esquema suficientemente comercial, agradável e sem riscos. Pode até parecer pouco ousado em certos momentos, mas nem sempre ousar é a atitude mais correta.

Sobre a participação do maior grupo de pagode do Brasil no disco, nada de anormal. O único porém, que vale uma menção aqui, é quanto ao fato de fazerem disso um estardalhaço exagerado, como se a participação do Exaltasamba fosse o único ponto positivo do DVD. Não é. O disco continuaria muito bom mesmo se o Exaltasamba não tivesse participado. O making off, por exemplo, dedica looongos minutos às explicações de como se deu essa parceria. Além de boa parte da divulgação do disco se basear apenas nessa participação. Não precisava de tanto. O Exalta participou? Ótimo. A música com eles (“O Troco”) ficou boa? Claro. Mas não precisa fazer parecer que essa foi a melhor sacada de todos os tempos. O disco não é do Exaltasamba, afinal, mas sim da dupla Maria Cecília & Rodolfo.

Este DVD cumpre bem o objetivo de manter a dupla Maria Cecília & Rodolfo num nível profissional elevado. A Maria está mais segura. O Rodolfo está mais confiante. Enfim, a dupla está mais afiada. As músicas são muito boas. Aliás, sempre foram bons em escolha de repertório. Isso para mim ficou provado já no último disco. E como este DVD é um prolongamento do trabalho realizado com aquele CD, o repertório continua sendo um dos pontos altos. E para uma dupla que luta contra certos paradigmas desde que estourou nacionalmente, valer-se sempre de um bom repertório é crucial. Ainda mais se esse repertório vier acompanhado de um trabalho com qualidade visual tão alta.

Nota: 9,0