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I.U.O. – Marco & Mário – Flecha do Cupido Ao Vivo

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Enfim chegou a hora de escrever uma resenha sobre um disco dessa dupla. É provável que muitos leitores do Blognejo tenham passado a conhecê-los apenas depois que eu falei da dupla tantas e tantas vezes. Escuto muitas coisas do tipo: “ah, Marco & Mário ainda não estão tãããão bem”, “ah, falta muito pra eles chegarem a um sucesso considerável”, e tal e coisa, e coisa e tal. Sendo assim, qual o objetivo do Blognejo ao postar um review de um álbum de uma dupla que tanta gente alega ser desconhecida?

Pois bem, eu já contei aqui no Blognejo a história de como conheci a dupla Marco & Mário. Desde aquela data tenho acompanhado a ascensão dos dois a um patamar consideravelmente elevado. Vejam bem, aqui em Uberlândia a música sertaneja é fortíssima. Isso não dá pra negar. Depois do fenômeno Bruno & Marrone, então, parece que a coisa atingiu níveis extratosféricos, culminando no fenômeno Victor & Léo e no simultâneo surgimento de 1 dupla a cada dois quarteirões aqui na cidade. Como se não bastasse o surgimento de duplas aqui dentro, cantores teoricamente consagrados resolveram se instalar aqui achando que a cidade por si só é que é torna o artista um fenômeno. Afinal aqui se deu o sucesso dos dois maiores fenômenos sertanejos da década, ainda que muita gente torça o nariz na hora de reconhecer esse fato.

Onde eu quero chegar com isso? Ora, de todas as duplas que despontaram para o sucesso nacional a partir de Uberlândia, nenhuma era natural daqui. Bruno & Marrone vieram de Goiânia, Victor & Léo de Abre Campo, e por aí vai. Então se a cidade é tão “poderosa” no que diz respeito a estourar uma dupla, porque ninguém daqui tinha aparecido para o Brasil ainda? A resposta é simples, ninguém (e eu me incluo nessa), mas absolutamente ninguém chegava aos pés daquelas duplas que os radialistas traziam de fora e acabavam conquistando o público daqui. Parece até estranho pensar dessa forma, mas mesmo com o aumento absurdamente elevado da quantidade de duplas, era incrível como desse balaio não saía uma dupla que, ainda que não tivesse uma qualidade vocal no nível das duplas de fora, soubesse trabalhar com profissionalismo, sem cair nas armadilhas do traiçoeiro mercado das duplas sertanejas estreantes.

É que aqui em Uberlãndia, desde que começaram a pipocar duplas pra todo lado, o mercado ficou extremamente complicado. As rádios só tocam os caras daqui quando os mesmos têm um grande apoiador ajudando. E os donos das casas de show passaram, desde então, a fazer dessas duplas gato e sapato. Pelas breves histórias que contei nos tempos do diário de um cantor, dá pra ter uma noção do que acontece na noite por aqui. Nisso, era inevitável que a dupla que soubesse se desvencilhar dessas armadilhas ganhasse algum destaque, ainda que abdicando de tocar com tanta frequência. Assim aconteceu com Marco & Mário.

Os caras são experientes no meio da música. Membros da igreja evangélica Sal da Terra (a maravilhosa música “Foi Deus quem te fez” não foi inserida por acaso nesse DVD), os dois foram, durante muitos anos, parte de uma importante banda gospel daqui da cidade, a “Sonhos & Visões”. Paralelo a isso, já tiveram uma banda cover do U2 e, por fim, a dupla. Um baterista e um percussionista competentes (foi o Mário que gravou a bateria no primeiro disco da dupla), irmãos, com uma ampla bagagem musical. Já era meio caminho andado para o sucesso. Aliado a isso, tudo o que as duplas daqui faziam eles evitavam. Enquanto os caras (eu inclusive) mendigavam lugares em casas de show, eles só tocavam onde fossem devidamente valorizados, em locais que rendessem pelo menos uma boa visibilidade. Pra vocês terem uma idéia, a primeira vez que eu tenho notícia de um show deles, foi uma abertura de um show de Edson & Hudson. Tá bom ou quer mais? Nada de bares, botecos, boates apenas se fossem a atração principal. Por mais que isso pareça coisa de gente arrogante, posso dizer que foi a atitude mais sensata de uma dupla da nossa geração aqui na cidade. Se a minha dupla e todas as outras da cidade tivessem agido da mesma forma, o mercado aqui seria outro e não essa zona de meretrício que se instaurou.

Além disso, os irmãos tinham um diferencial na questão musical, o que ficou evidente no DVD gravado há cerca de dois anos. Enquanto todo mundo daqui queria só regravar ou gravar um CD mesclando regravações com inéditas, eles vieram com um DVD só de inéditas. Enquanto os cantores procuravam sempre os mesmos compositores, Marco & Mário vieram com 80 % de músicas próprias, escritas principalmente pelo Mário. As que não eram próprias acabaram dando é dor de cabeça para a dupla, como a música “Uma chance a mais”, que já rendeu um processo da dupla contra a banda Nechivile, encabeçado pela Sony Music (como dizem os rumores). Enquanto a imensa maioria dos artistas joga o encargo da produção de um disco para um fodão qualquer, Marco & Mário comandaram a produção do próprio disco, com o auxílio técnico dos dois principais membros da banda, o guitarrista/violonista/violeiro Ricardo Fagundes e o baixista Otávio Moraes, dois dos músicos do segmento sertanejo mais respeitados da cidade e da região.

Os caras tinham praticamente tudo o que o mercado pedia numa dupla de sucesso. Músicas próprias, inéditas, formato acústico, ao vivo, com produção própria. Os caras chegaram a editar o próprio DVD (O Mário é formado em Cinema). Era natural o interesse de uma grande gravadora. O fato é que eles conseguiram, de cara, a maior gravadora no segmento. A Sony Music tinha feito o sucesso de Bruno & Marrone e Victor & Léo e ainda estava com os olhos voltados para Uberlândia, pelo jeito. Aproveitando que o contrato prevê participação nos lucros, trataram de colocar os meninos em um punhado de shows pela região. A agenda da dupla Marco & Mário é, hoje, uma das mais concorridas entre as duplas daqui e de toda a região.

O caminho previsível seria o lançamento daquele disco incrível em todo o Brasil. No entanto, a Sony preferiu investir na gravação de um novo disco, mais comercial e “normal”. É que aquele disco tinha sido bem peculiar e, de certa forma, com uma sonoridade um tanto quanto inusitada. Pegaram, então, as principais modas do disco e escolheram outras tão boas quanto e fizeram um novo DVD. Claro que aquele ineditismo e aquela peculiaridade presentes naquele disco deveriam continuar. Mas isso, por incrível que pareça, isso já era parte da musicalidade de Marco & Mário. Tiraram os backing vocals, inseriram acordeon em todas as faixas e se dedicaram a canções mais voltadas para as baladas que dominam o mercado hoje. Ao invés de somente inéditas, algumas regravações. Corajosas, é verdade. Regravaram e assertanejaram, entre outras, “Vamos Fugir”, “Meu erro” e “Um anjo do céu”. Além de algumas mais tradicionais como “Nascemos pra Cantar” e um pout pourrie de pagodes de viola caipira.

Em questão de sonoridade, não tinham muito o que fazer, é verdade. A dupla já tem esse quê de diferente. Tanto que a produção ainda ficou a cargo dos dois e do Ricardo e Otávio (não, não são os da novela Paraíso…), que já estão virando referência na produção musical por aqui. O diretor musical Sérgio Bittencourt deu apenas o aval final, praticamente. Investiram, então, no visual, tanto no da própria dupla quanto no vídeo. Esse é o 3º disco de carreira dos irmãos, e o cabelo do Mário, por exemplo, só faz diminuir desde o primeiro. Antes, era um cabelo comprido, hoje é curtinho. Nada de botas, essas coisas. O estilo é mais jovem, na linha do primeiro DVD, com All Stars e tudo. No vídeo, como é de se esperar de uma produção da Sony, somente coisas de altíssimo nível. O diretor de vídeo é ninguém menos que Santiago Ferraz, pra se ter uma idéia. O inusitado na tela ficou por conta de um painel de LED gigantesco ocupando todo o palco e colocado entre a dupla e a banda. No momento da gravação, era normal duvidar do que seria o resultado daquela idéia, mas com o vídeo pronto, deu pra perceber que a coisa era fodástica mesmo.

Marco & Mário já começam a colher os louros de um trabalho bem realizado. Já emplacaram uma composição inédita no disco “De Volta aos bares” da dupla Bruno & Marrone, por exemplo. Talvez em troca da cessão dos direitos sobre a música “Eu quero te amar”, que nesse novo disco de Marco & Mário vem assinada pelo Bruno (no primeiro DVD era assinada pelo Mário). Estão com uma música prestes a entrar na trilha de uma novela da Globo. Humildes e respeitados, hoje são referência aqui, inclusive pra mim, que comecei praticamente junto com eles na noite uberlandense. Como eu já ressaltei por diversas vezes, é um orgulho pra mim, enquanto entusiasta da música sertaneja e uberlandense de nascimento, assistir à ascensão de uma dupla daqui,, ainda mais caras do nível de Marco & Mário. Qualidade, humildade, talento e pés no chão. São qualidade que esses dois carregam em níveis muito acima dos normais. São merecedores do que já aconteceu com eles e do que ainda vai acontecer. E se você ainda não ouviu falar, basta esperar. É só uma questão de tempo…

Nota: 9,0