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Luiz Carlos Maluly, o gênio de quem quase ninguém fala

Entre debates e discussões a respeito da superioridade de um produtor de discos sertanejos com relação a outro, coisas que já renderam ameaças de processo e tudo mais, um nome geralmente é deixado de lado ou simplesmente não é lembrado, talvez por se manter à margem de toda essa briga e bate boca e por produzir discos que se consagram mesmo não pertencendo a uma vertente mais, digamos, “comercial” como o restante dos discos lançados nas últimas temporadas.

Luiz Carlos Maluly é da velha guarda de produtores e diretores musicais. Produziu algumas da principais bandas e artistas de rock e pop dos anos 80 e 90, como César Camargo Mariano, Banda Metrô e Banda RPM. Para quem acompanhou a explosão que foi a banda RPM em seus primeiros anos, fica fácil ter uma idéia do tamanho do faro do Luiz Carlos Maluly para o que a galera gostaria de ouvir.

Na música sertaneja um de seus primeiros grandes trabalhos e que abriu os olhos do segmento para um outro produtor fora dos sertanejos tradicionais, foi o primeiro disco acústico da dupla Bruno & Marrone, aquele mesmo que quebrou paradigmas e superou um “monopólio artístico” no cenário sertanejo que já durava pelo menos uns 10 anos, e que vendeu mais de dois milhões de cópias.

Depois do “Acústico” da dupla Bruno & Marrone, o Maluly foi responsável por boa parte dos discos da dupla Edson & Hudson. Continuou trabalhando com os irmãos inclusive depois que deixaram de cantar juntos e agora muito provavelmente vai ser o nome por trás dos discos da nova fase da dupla.

Há algum tempo ele concebeu um disco que pra mim figura facilmente entre os mais bem feitos dos últimos 10 anos pelo menos: o “Senhora Raiz”, da Roberta Miranda, que trouxe uma roupagem inovadora para alguns clássicos sertanejos compostos ou não pela própria Roberta. Foi ele também o responsável pela redescoberta do cantor Leonardo como um artista do povo com o DVD “Esse Alguém sou eu”, que foi um dos melhores discos lançados por ele desde a morte do Leandro.

O cara que aparentemente tem aquela tal luz própria ou aquele pozinho mágico que muita gente julga existir para explicar o tal sucesso que tantos almejam alcançar aparentemente ainda tem muuuuuitas cartas na manga, mesmo com o passar dos anos. É dele a direção musical do DVD da Paula Fernandes, cuja soma de vendagem de CDs e DVDs ultrapassou a marca de um milhão de cópias, coisa que não acontecia com um disco sertanejo desde 2003, quando Bruno & Marrone (que ele ajudou a estourar) superaram a marca de um milhão de cópias vendidas com o CD “Inevitável”.

A lista de discos sertanejos indicados ao Grammy latino este ano conta com dois discos produzidos por ele. Além do DVD da Paula Fernandes, é dele também a produção do disco “Alucinação”, do Leonardo que também concorre na categoria.

O que é interessante a respeito do trabalho de Luiz Carlos Maluly é o fato de que ele não possui uma característica marcante que identifique e caracterize seus trabalhos tal qual uma impressão digital (como o César Augusto tinha as guitarras dobradas e o Pinnochio tem sua sanfona, por exemplo), o que é comum à imensa maioria dos produtores. De fato, é até estranho imaginar que aquele cara responsável pela sonoridade country rock da dupla Edson & Hudson é o mesmo que popularizou a atmosfera folk do trabalho da Paula Fernandes, por exemplo. Respeita, antes de mais nada, a identidade de cada artista com o qual trabalha. Será que a Paula Fernandes estouraria como estourou se tivesse, por exemplo, produzido o DVD com o Marcus Vianna, assim como seu disco anterior?

O fato é que o Luiz Carlos Maluly tem sim aquele ingrediente mágico que muita gente tenta criar articialmente mas só algumas pessoas no meio musical possuem. E isso já está com ele há pelo menos uns 25 anos, desde a época do RPM. Os artistas citados acima são só alguns sertanejos com os quais eles já trabalharam. A lista ainda possui nomes como Daniel, Gian & Giovani, Alex & Konrado e uma série de artistas.

Ele é, sim, um cara que merece o respeito da classe, acima de qualquer coisa. Enquanto a maioria debate sobre quem é melhor e quem é pior, ele continua seu trabalho, sem muito estardalhaço, sem muita propaganda, e assim consegue sempre emplacar alguns dos melhores lançamentos de cada temporada. Continua, com isso, mantendo o sempre invejável posto de “coringa” das grandes gravadoras. É, de fato, um veterano, mas que consegue se adaptar e se modernizar, mesmo com o passar dos anos.