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Nechivile – Ao Vivo em Goiânia



Três anos é um bom tempo. Com todo esse prazo, dá pra se pensar bem, evoluir e tudo mais. Parece no entanto que alguns artistas seguem o caminho contrário ao da evolução. O Nechivile foi uma das bandas pioneiras no segmento universitário. Gravaram um DVD em 2005 (!) que lhes rendeu uma boa quantidade de fãs e um certo prestígio no meio, apesar da Som Livre nunca ter dado o espaço suficiente. Além de ter distribuído o disco, a Som Livre se limitou apenas a jogar uma propaganda ou outra na TV e nada mais. O resto sempre foi por conta deles.

Conscientes dessa limitação que tinham dentro da gravadora da qual eram contratados, o Nechivile sempre se comportou bem, com uma boa quantidade de shows. Nesse meio-tempo, eles se esqueceram que precisavam lançar um trabalho novo. E só agora, três anos depois, foi que resolveram lançar o novo trabalho. Mas na verdade o trabalho não tem nada de novo. É um sutil retrocesso no pioneinismo que um dos grupos responsáveis pela popularização do estilo universitáio ensaiou três anos atrás.

Como banda, o Nechivile é competente. O último DVD tinha sido produzido pelo Guilherme Bicalho e Geovane Fernandes. O atual, no entanto, foi produzido pela própria banda. Quando eu digo banda, me refiro a toda a equipe que acompanha o trio principal, que são Eduardo Melo (voz), Júnior Melgaço (contrabaixo e segunda voz) e Léo di Castro (teclado e vocais). Três anos de um intenso trabalho proporcionaram pelo menos um treinamento intensivo, tornando o Nechivile uma banda como poucas do meio sertanejo.

Fora a competência da banda, o DVD tem como ponto forte a qualidade da captação do vídeo. Apesar do cenário fraco, a direção das imagens foi muito bem feita. Aliada a uma masterização muito bem conduzida (Oficina do Áudio), a qualidade do visual faz bonito no DVD.

Agora os pontos negativos. Em primeiro lugar, o Nechivile deposita grande parte dos seus métodos de divulgação no carisma do vocalista. Dá canseira assistir o making of com todas as moças entrevistadas se limitando a dizer “eles são lindos”, sem vergonha nenhuma de esconder o pouco ou nenhum conhecimento musical que elas possuem. Além disso, o vocalista pode sim ser o bonitão da banda, mas o mesmo não pode ser dito dos outros membros. Não precisava exagerar tanto no realce à aparência física do pobre coitado. Como eu disse, a banda é competente e não se resume apenas a um vocalista bonitão.

O outro fator que definitivamente conta como ponto negativo é a total incorporação da “síndrome Guilherme & Santiago” no repertório, o que tem se tornado muito comum entre os artistas goianos, diga-se de passagem. É aquela história das regravações em excesso de músicas de cantores tidos como “desconhecidos” ou daquelas canções sem identidade (que já foram gravadas por um punhado de gente).

A coisa é tão escancarada que a gente escuta o DVD tentando adivinhar quem cantava cada música antes do Nechivile regravar. Quando vem alguma inédita, a gente fica pensando se aquela música realmente nunca tinha sido gravada por ninguém. Regravaram até “Sem ar”, do D”™Black e uma da Banda Eva. Dentre as que se encaixam no “estilo Guilherme & Santiago” de montar repertório, “Por ti” (Henrique & Hernane), “Enquanto o sol brilhar” (João Neto & Frederico), “Pode Chorar” (Jorge & Mateus), “Uma chance a mais” (Marco & Mário). Essa última, aliás, já rendeu um processo da Sony Music contra a banda, já que Marco & Mário têm contrato de exclusividade sobre a música.

Sem querer generalizar, está meio difícil confiar nos compositores profissionais de hoje em dia. Os caras não pensam duas vezes antes de repassar canções. É cada vez maior o número de processos motivados pela falta de escrúpulos de certos compositores. É algo que acaba queimando o filme até dos artistas. O Nechivile, por exemplo, está indo em vários programas de TV divulgando a música “Uma chance a mais” como se ela tivesse sido originalmente gravada por eles, o que não é verdade.

Eu sinceramente não boto muita fé em trabalhos feitos dessa forma, com apropriação descarada do muitas vezes árduo trabalho alheio. O DVD pode ter ganhado pontos na qualidade do vídeo e na competência da banda, mas com certeza perdeu com essa postura que o Nechivile decidiu assumir com relação ao repertório, que aliás não tem uma música sequer com cara de grande sucesso como foi “˜Por toda Vida”. O DVD até parece ter sido feito apenas para interromper esse hiato de 3 anos. E se foi isso que aconteceu, se o DVD foi feito apenas para encher lingüiça, é muito provável que acabe não dando certo.

Nota: 7,0