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REVIEW – João Neto & Frederico – “Ao Vivo em Palmas – Tá combinado”

REVIEW – João Neto & Frederico – “Ao Vivo em Palmas – Tá combinado”

Já estava na hora de uma repaginada e de uma nova arrancada. João Neto & Frederico, que outrora poderiam ser facilmente incluídos numa lista de precursores do sertanejo universitários, já não estavam na mesma situação. Disco após disco, uma música ou outra se destacava, mas nada comparado ao “Pega Fogo Cabaré” ou ao “Só de Você” de outros tempos. A que mais se aproximou disso foi a “Não vou mais chorar”, mas mesmo assim ainda faltava aaa moda ou ooo disco.

E mesmo sendo eles uma das duplas dessa nova geração que mais gravou DVDs (esse já é o quinto), ainda faltava para o curriculum da dupla um DVD de grandes proporções. Em outra ocasião eles tentaram fazer um DVD de grande porte na cidade de São José do Rio Preto, mas o DVD não conseguiu passar a impressão de um mega show. Ficou parecendo um show normal.

E continuou até bem recentemente essa impressão de que o trabalho deles era conduzido em banho-maria. Não havia uma estratégia agressiva como a de outros escritórios. Parecia que faltava também aquele olho mais clínico para o repertório. Na onda do “Pega fogo Cabaré”, a dupla tentou durante os discos seguintes emplacar sempre alguma outra canção que tivesse alguma frase chavão, palavra ou expressão que caísse na boca da galera. Nisso vieram “Aqui não pica-pau”, “Marmiteiro” e várias outras que não conseguiram chegar nem perto da “Pega Fogo Cabaré”.

De repente parece que acordaram. Talvez o surgimento de dezenas de outros artistas, vários deles com estratégias ousadas de divulgação, com repertório bem selecionado, abriu os olhos da Work Show para o real papel da dupla João Neto & Frederico enquanto precursores desse movimento. Acertaram em colocar o projeto da dupla nas mãos da equipe do produtor Ivan Miyazato (Ivan, Pepato, Catatau e cia.) e em optar enfim pelo retorno à intenção de outrora de filmar um megashow.

Outra sacada inteligente foi a escolha da cidade. Já é sabido que uma cidade manjada já não é tão interessante e acaba não atraindo tanto a atenção do público, principalmente no momento da gravação. Agora imagina gravar um DVD numa cidade que nunca recebeu esse tipo de evento. O público até parece participar de maneira mais empolgada. Fora a quantidade de gente. Gravar o DVD em Palmas foi uma sacada e tanto.

Visualmente, por se tratar de um megashow, o risco de algo dar errado costuma ser maior. Mas aparentemente correu tudo perfeitamente. O resultado visual, aliás, salta aos olhos. Uma bela distribuição dos LEDs e organização das cores, com destaque para a disposição um pouco mais à esquerda tanto da banda no palco quanto dos detalhes de iluminação, dando uma impressão meio “Picasso” do cenário. O pessoal do trio de metais ficou completamente à direita, acima de uma escada, com o resto da banda à esquerda, o que deu um aspecto muito interessante ao posicionamento da mesma. Bem à direita do palco, as iniciais da dupla eram destacadas principalmente nas imagens aéreas.

Talvez somente a entrada da dupla não tenha sido tão valorizada. É que a idéia era colocar os dois entrando dirigindo uma Mercedes conversível, por conta da música “Meu coração pede carona”, não foi tão bem aproveitada no momento da edição. Pegaram praticamente apenas o momento final da entrada, com os dois já saindo do carro. No final do show, no entanto, a utilização do carro foi bem mais explorada.

Mas creio que o maior acerto do disco foi o repertório. Diferente dos discos anteriores, com a busca incessante por chavões nos primeiros discos e a falta de músicas com potencial pra se tornar hit nos outros, este DVD traz enfim um repertório bem selecionado, com uma distribuição adequada de estilos e diversas músicas extremamente trabalháveis. Tanto que a dupla está atualmente com pelo menos duas músicas em alta (“Tá Combinado” e “Le le le”), sendo que uma delas os trouxe de volta ao patamar de outrora. Curiosamente, a tática é similar à do início da carreira, mas adaptada à atual realidade da música sertaneja. A música “Le Le Le” se tornou um grande hit da temporada sendo que o chamariz dela é uma “expressão”.

Mas não são só essas as duas músicas do repertório que chamam a atenção. Entre as dançantes, temos que destacar “Emergência” e “Tô morando sozinho”. Mas as melhores deste trabalho sem dúvida são as românticas “Emboscada”, “Mais um sonhador” (excelente) e a fantástica “Minha Herança”, que sem dúvida já figura entre as melhores canções do ano (o áudio do disco foi liberado no ano passado, mas o DVD completo só saiu esse ano). Ainda assim, há um ou outro escorregão no repertório, com a regravação deveras tardia da ótima “Por ti” (que já perdeu o fôlego depois de ter sido trabalhada por dois ou três artistas) e “Vai ter balanga”, que lembra demais a “Dança Kuduro”.

Tecnicamente falando, já é sabido que o Ivan Miyazato é um dos profissionais com maior apuro técnico, com melhor noção de mixagem do segmento sertanejo. Seus trabalhos são os que melhor demonstram o som dos intrumentos. E é sabido também que sua parceria com o Pepato deu aos trabalhos produzidos pelos dois uma identidade muito mais identificável. Uma ótima idéia a utilização de instrumentos de sopro, que quase ninguém se arrisca a usar hoje em dia mas que, de fato, dão um aspecto mais grandioso às músicas, o que condiz com a idéia do DVD. O trabalho foi todo editado de forma a não deixar cair a peteca. De fato, é um disco bem contagiante, do início ao fim.

No fim das contas, o DVD da dupla João Neto & Frederico já é um dos “maiores” do ano, por conta de toda a estrutura empregada e todo o excelente trabalho de pós-produção. O disco já conseguiu cumprir a primeira missão, que era resgatar a dupla João Neto & Frederico do iminente ostracismo e trazê-los de volta ao rol dos grandes artistas do segmento. E a dupla, por conta de seu talento evidente, é merecedora do posto. A torcida é para que não deixem de novo a coisa começar a desandar. Só senti falta nesse disco de um trocadilho no final: “Uma salva de palmas a Palmas”. Mas aí ia ser “Zorra Total” demais.

Nota: 9,0