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REVIEW – Jorge & Mateus – At The Royal Albert Hall – Live in London

REVIEW – Jorge & Mateus – At The Royal Albert Hall – Live in London

Já faz muito tempo que a dupla Jorge & Mateus merece um DVD de grande porte, para um grande público. Os que eles lançaram para um público maior (o “Elétrico” e o “Ao Vivo sem Cortes”) sempre foram paralelos aos de carreira ou, como no caso dos DVDs Villa Mix, divididos com outros artistas. É estranho pensar que a dupla número 1 do Brasil ainda não tinha um trabalho assim. Este novo DVD preenche esta lacuna, mesmo sendo um DVD de coletânea, como a própria dupla faz questão de ressaltar. Mesmo assim, tem muito mais a cara de um DVD de carreira, já que, ao contrário dos outros DVDs de coletânea que a dupla lançou no decorrer da carreira, este não foi apenas o registro de um show, mas um projeto todo pensado e preparado justamente para mostrar aonde Jorge & Mateus conseguiram chegar.

Tudo começa pela escolha do local da gravação. É a primeira dupla sertaneja com um trabalho consolidado no Brasil a gravar um DVD no exterior. E em Londres, ainda por cima, talvez a cidade de maior importância para a história da música, dada a quantidade de mega talentos que ela viu nascer e que exportou para o resto do mundo. E como se não bastasse ser em Londres, ainda gravaram em um dos mais conhecidos e respeitados recintos de shows do mundo: o Royal Albert Hall, aquele mesmo do DVD da Adele e tal, entre alguns outros.

A outra cartada utilizada com esse mesmo intuito foi a inserção, na harmonia, de cordas em boa parte das músicas do disco. É uma regra básica: tudo com cordas fica mais bonito, mais grandioso e mais requintado. Nunca vi essa fórmula dar errado. Sempre funciona. Mas é claro que em algumas músicas a presença de cordas é ainda mais marcante que em outras. Em “Um dia te levo comigo”, “Pra ter o seu amor”, “Onde haja sol” e “Amo Noite e Dia”, por exemplo, a presença das cordas na sonoridade fez toda a diferença.

A ideia era contar a história da dupla Jorge & Mateus através do repertório, que incluiu desde “Querendo te amar”, a primeirinha, até “Flor”, o último hit, levando em conta a data da gravação. Tanto que não foram inseridas canções inéditas, exceto “Amor pra recomeçar”, do Frejat, que nem é tão inédita assim. E para uma carreira tão bem sucedida num curto espaço de tempo quanto a deles, não dava pra evitar que alguns hits ficassem de fora, como “Pirraça”, “Se eu pedir cê volta”, “Pra quê entender” e “Tem nada a ver”, que mesmo sendo uma regravação da dupla Bruno & Marrone, ficou muito mais marcada com Jorge & Mateus.

Mesmo sem essas no repertório, o disco se desdobra muito bem entre as canções de cada projeto que a dupla lançou na carreira, mas foca mais em músicas dos dois últimos trabalhos antes da gravação: o disco “Aí já era”, cujas canções ainda não tinham ganhado um registro bacana em vídeo (só mesmo como faixas bônus do DVD seguinte), e do “Ao Vivo em Jurerê”, que havia sido lançado pouco tempo antes da gravação deste projeto.

O único problema com relação ao repertório deste disco talvez nem seja culpa do projeto em si. É que o disco demorou muito para ser lançado – estratégia comercial, já que o “Ao Vivo em Jurerê” continua vendendo bem até hoje – e as músicas inéditas recentes da dupla, lançadas durante a campanha publicitária com a Bavária, ficaram meio perdidas agora, sem um disco físico que as apóie. Na verdade, o mercado já espera um disco inédito da dupla. Um disco cheio de regravações, entretanto, é quase um balde de água fria. E como este DVD é um lançamento bem recente, é provável que não vejamos o lançamento de um disco de inéditas tão cedo quanto esperamos.

Sobre a única música do DVD que não fazia parte do repertório da dupla, “Amor pra recomeçar”, algumas pessoas observaram, corretamente, que o arranjo ficou muito parecido com o da música “Pra que entender”, que a dupla lançou há uns dois anos. Fora isso, o Jorge cantou de uma forma muito próxima à do Frejat, que compôs e gravou a versão original.

Apesar dessas observações, em termos de repertório e produção musical (assinada mais uma vez pelo Dudu Borges) não há o que dizer de negativo do disco. Não se trata meramente de uma coletânea de sucessos da dupla Jorge & Mateus. É praticamente um passeio pela história recente da música sertaneja, já que quase todas as músicas são, de fato, hits de nossa época. Não quero aqui causar a ira dos fãs de outros artistas sertanejos que alcançaram o sucesso de 10 anos pra cá, mas não dá pra negar que a quantidade de hits que Jorge & Mateus emplacaram nesse período é, sem dúvida, enorme. Talvez a maior entre os artistas dessa mesma geração. Isso sem serem os reis do rádio e do ECAD, mas apenas através da sempre sólida agenda de shows. Eles alcançaram, com um método diferente de trabalho junto às rádios e sem uma exposição exagerada na mídia, o status de artistas número 1 do Brasil, o que é impressionante. E talvez tenha sido esse o grande aspecto que faltou neste projeto, pelo menos na parte visual: reconhecer de fato a grandiosidade da dupla.

Deixa eu explicar meu ponto de vista. Este DVD foi dirigido por uma equipe gringa, com o Hamish Hamilton na direção geral e o Al Gurdon na direção de fotografia. Esses caras já trabalharam com gente do naipe da Beyoncé e Madonna, só pra vocês terem uma ideia. Basta uma pesquisa no Google pra constatar isso. Mas acho que ninguém conseguiu explicar muito bem pra eles o tamanho desse projeto e da dupla Jorge & Mateus. É que apesar da cenografia caprichada nos painéis de LED em conjunto com a arquitetura do local da gravação e de alguns belos takes do Royal Albert Hall, faltou dar à dupla um tratamento mais grandioso, conforme o próprio projeto pedia.

A iluminação do público, por exemplo, oscila de forma meio simplória entre o azul e o vermelho, e quase não foram incluídas tomadas que valorizam a interação do Jorge com o público, algo que é uma das suas principais qualidades, ou da emoção do próprio público, formado basicamente por brasileiros absurdamente felizes por poderem acompanhar a gravação do DVD de seus ídolos no país no qual foram tentar a vida. Eu estava lá na gravação e testemunhei essa emoção do público. Cantaram tudo. Mas o DVD registrou, no vídeo, muito pouco dessa energia.

Os caras preferiram, entretanto, se preocupar mais com a inclusão da logomarca da dupla nos painéis de LED em quase todos os intervalos entre uma música e outra, como se estivessem achando que o público presente não sabia de quem se tratava, já que eles próprios, aparentemente, não sabiam ou ainda não tinham entendido muito bem. Talvez se os diretores tivessem passado uma temporada acompanhando a dupla aqui no Brasil, eles entendessem melhor o tamanho e a importância dos artistas que eles estariam filmando no dia 20/09/2012. No fim das contas, a direção visual, que tinha tudo para ser acachapante, é apenas correta.

Não entendi muito bem, também, a necessidade de se incluir a expressão “At The Royal Albert Hall” no título do disco, já que, convenhamos, só uma pequena parcela do público da dupla entende o simbolismo e sabe a importância dessa casa para a música internacional. Como atestado de importância do projeto, apenas a expressão “Live in London” já causaria o efeito desejado, imagino.

Mesmo assim, no conjunto geral, o DVD consegue atingir o objetivo, que é consolidar a dupla Jorge & Mateus no seu devido lugar: o topo. Não que eles precisassem de um projeto para atestar o óbvio. Mas nem que seja apenas uma mera formalidade, é sempre bom ter algo em que se apoiar quando alguém questionar o porque da dupla ser considerada a maior do Brasil na atualidade.

Nota: 9,5

Em tempo, segunda-feira coloco no ar uma entrevista realizada com a dupla no último sábado para comemorar o fim do ano. Fiquem atentos.