https://luckbet.tw/https://hotbet.tw/https://bigbet.tw/https://luckbet.tv/https://hotbet.tv/https://bigbet.tv/https://luckbet.store/https://hotbet.store/https://goodbet.store/https://bigbet.store/https://luckbet.shop/https://goodbet.shop/https://luckbet.rest/https://hotbet.rest/https://goodbet.rest/https://bigbet.rest/https://luckbet.org/https://luckbet.ltd/https://hotbet.ltd/https://goodbet.ltd/https://bigbet.ltd/https://goodbet.live/https://luckbet.club/https://bigbet.club/https://luckbet.biz/https://goodbet.biz/https://luckbet.bar/https://hotbet.bar/https://goodbet.bar/https://bigbet.bar/ Review - Michel Teló - Sunset - Blognejo

Review – Michel Teló – Sunset

Review – Michel Teló – Sunset

Demorei, mas cá estou com mais um review no Blognejo. Com a intenção, claro, de tentar fazer disso um hábito no mínimo semanal. Falemos hoje do DVD “Sunset” do cantor Michel Teló. Gravado na mesma pegada do DVD anterior, mas com festas na praia ao invés de shows dentro de boates, o DVD traz basicamente a mesma estrutura daquele disco, tanto na parte visual quanto na musical, mesmo que o cenário escolhido seja, em teoria, diferente.

Antes de toda a fase “Ai se eu te pego”, reza a lenda que a intenção do Michel para um próximo DVD era a de gravar um disco de modão, com participações especiais de medalhões do sertanejo, inclusive. Mas aí a “Ai se eu te pego” aconteceu e o Michel Teló teve que modificiar os planos, principalmente por uma questão de mercado. Afinal de contas, “em time que está ganhando não se mexe”. Daí aproveitaram todo o clima positivo e gravaram o ótimo DVD “Na Balada”.

Ainda seguindo a mesma linha de pensamento do “em time que está ganhando não se mexe”, o DVD “Sunset” segue exatamente a mesmíssima fórmula do “Na Balada”. Escolheram três cidades com tradição de festas Sunset à beira-mar – Florianópolis (na praia de Jurerê), Angra dos Reis e Guarujá – e montaram um repertório quase idêntico ao anterior. Enfim, uma decisão segura, sem riscos, mas pouco ousada. O risco maior do DVD ficou sendo apenas a falta de cobertura nos shows ao ar livre e o clima de sol para o vídeo, que não chegou a acontecer.

Na verdade, ainda estou pra ver algum DVD sertanejo gravado na praia cujas imagens feitas durante o dia consigam pegar o sol e não apenas um monte de nuvens escuras e um céu cinzento. É impressionante como isso parece ser uma regra. DVD sertanejo na praia é quase sinônimo de tempo ruim. O prejuízo vai todo para o vídeo, que acaba não tendo o mesmo impacto que teria se a ideia inicial de aproveitar o sol tivesse dado certo.

Ainda assim, no caso deste DVD, as nuvens carregadas e o cenário cinzento acabaram sendo compensados na qualidade do vídeo, já notória nos trabalhos “menores” do Junior Jacques, que sempre trazem uma textura de vídeo diferente, possível através do uso de máquinas fotográficas ao invés das tradicionais câmeras HD usadas na maioria dos DVDs. O clima de videoclipe acaba sempre prevalecendo.

Sobre o repertório, como eu disse, o que se tem é uma quase repetição do disco anterior. “Amiga da minha irmã” faz o papel de nova “Humilde Residência”; “Pegada” tenta talvez ser a nova “Ai se eu te pego” (mas não de forma escancarada, o que é positivo), com direito a uma mini-coreografia e tudo; “É nóis fazer parapapá” tenta preencher a lacuna da “Fugidinha”, e por aí vai. Como eu disse, faltou ousadia na escolha de algumas das músicas.

O que a equipe do Michel talvez considerou uma atitude ousada (mostrar o lado romântico) acabou se mostrando um tiro pela culatra, dependendo do ponto de vista. É que a música “Maria”, escolhida para essa missão, tem uma letra simples, por vezes infanto-juvenil, e precisou de descrição com imagens através de um videoclipe paralelo, lançado há algumas semanas. O problema é que, mesmo com o videoclipe mostrando a intenção infanto-juvenil da letra e talvez devido ao fato do Michel ser um artista muito visado principalmente pela parcela esmagadora da imprensa especializada em música que não aceita que ele seja atualmente o maior nome do Brasil no exterior, a música foi duramente criticada pela letra exageradamente simples. Outros veículos “especializados” foram além e disseram que o Michel estava mirando a MPB com essa música.

O erro talvez tenha sido considerar “Maria” a música mais ousada do DVD. “Se tudo fosse fácil”, com a participação da Paula Fernandes, é bem mais ousada nesse ponto, traz uma letra mais bem elaborada e se sobressai principalmente pela introdução de um violoncelo na harmonia. As baladas “Aconteceu” e “Te caço” também se saem melhor nesse papel. Fora essas, outras que podem ser facilmente destacadas como as melhores do disco são “Levemente Alterado”, com Bruninho & Davi, e “Fiquei só”.

Por falar nisso, talvez este seja um dos primeiros casos que já vi no qual o CD tem mais músicas que o DVD. E não se trata de bonus track nem nada. O CD traz duas músicas a mais que o DVD, por sinal melhores que muitas das músicas deste último, a ótima “Me chama pra sorrir” e “Coisa de Brasileiro”, regravação do Mr. Gyn que tem tudo a ver com o clima de copa do mundo sem falar diretamente do assunto, ou seja, sem ter um prazo de validade definido.

Uma outra curiosidade que observei nesse DVD foi o fato das cidades escolhidas só terem sido devidamente destacadas no documentário dos extras. Durante o show, a impressão que se têm é que o disco foi quase todo gravado em Jurerê, com umas 4 músicas em Angra dos reis. Jurerê virou até nome de uma das músicas. Guarujá passou praticamente batida. Nos extras, também, os depoimentos das participações não trouxeram Bruninho & Davi, apenas o Bruno do Sorriso Maroto e a Paula Fernandes. Tudo bem que todo mundo sabe que Bruninho & Davi são do escritório do Michel, mas seria bom mostrar um pouco mais de entusiasmo com os próprios artistas, sei lá.

Apesar de ser um DVD agradável e da produção musical sempre impecável do Dudu Borges, o disco é, como eu disse, pouco ousado. O possível medo de perder mercado fez com que esse trabalho não fosse nada mais que uma repetição quase integral do disco anterior. Um ponto a favor é o fato de não estarem tentando a todo custo emplacar uma nova “Ai se eu te pego”, o que seria previsível. Se assim fosse, estariam trabalhando à exaustão a música “Pegada”, que é, como eu disse, a música do disco que mais se aproxima dela. Mesmo assim, o que se nota é que o clima “Ai se eu te pego” ainda está muito arraigado ao trabalho do Michel. As boas músicas do disco, como as que eu citei mais acima, podem sim segurar a peteca numa boa. Mas para um próximo disco é importante perceber que a fase “Ai se eu te pego” já passou e que é necessário começar um novo capítulo e não apenas continuar escrevendo o mesmo.

Nota: 8,5