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REVIEW – Roberta Miranda – 25 anos – Ao Vivo em Estúdio

REVIEW – Roberta Miranda – 25 anos – Ao Vivo em Estúdio

Talvez algumas pessoas considerem um exagero o que vou dizer, mas nunca escondi de ninguém que considero Roberta Miranda a principal figura feminina da história da música sertaneja. Inezita, Inhana, Meire e Marilene Galvão, Nalva, Fátima, Paula e outras tão geniais quanto à parte, Roberta Miranda conseguiu alcançar um patamar jamais alcançado por qualquer outra cantora. Até hoje figura como uma das três mulheres que mais vendeu discos no Brasil, entre todos os estilos. E foi a principal representante feminina num período em que a música sertaneja rompia de uma vez por todas as barreiras do campo e se consolidava como música urbana.

Fora a sua importância incontestável como intérprete, a contribuição da Roberta Miranda para a música sertaneja é marcada também pelas suas composições. Alguns dos hits concebidos por ela ajudaram a construir as carreiras de grandes artistas como Chitãozinho & Xororó, Chrystian & Ralf e Matogrosso & Mathias, por exemplo, além da própria carreira.

Uma celebração aos 25 anos de carreira, portanto, mesmo que esse quarto de século se refira apenas à sua carreira como intérprete, obviamente deveria abranger também a sua irretocável obra como compositora. E é nestes dois aspectos que se encontram os principais acertos deste novo DVD, que comemora uma carreira invejável: em valorizar os 25 anos de carreira da intérprete Roberta Miranda, mas abrindo um merecido espaço para sua ainda mais longeva obra como compositora.

A homenagem ao quarto de século como intérprete agrada ainda mais pela presença no repertório não apenas das músicas óbvias como “São tantas coisas”, “Vá com Deus”, entre outras, mas também das músicas mais “lado B” gravadas por ela no decorrer da carreira e que usualmente não são lembradas, como “Dói”, “Dia D”, “Desespero de uma noite”, “Duas Taças” e “É amor demais”.

Até nas dançantes a escolha foi por músicas menos óbvias. Ao invés da previsibilidade que seria a escolha de canções como “Atração Fatal” e “Meu Dengo”, o DVD traz na verdade um pout pourri com músicas do repertório da Roberta que também seguem essa linha melódica mas que não chegam a ser tão conhecidas quanto as que eu mencionei: “Carinho”, “Tô querendo” e “Me dá um beijo”.

A compositora Roberta Miranda, que tem ainda mais tempo “oficial” de carreira do que a intérprete Roberta Miranda, foi lembrada nas canções “Esperando você chegar” (que abre o DVD), “Tempo ao tempo”, “Majestade, o sabiá” e “De igual pra igual”. É claro que ainda havia espaço para canções igualmente incríveis como “Mito”, “Vida Dividida”, entre outras. Mesmo assim, só de ter lembrado de “Tempo ao Tempo” já valeu a menção à obra como compositora de canções que até então não faziam parte de seu repertório. Exceto “Majestade, o sabiá”, que sempre é lembrada talvez como a principal música de sua carreira, mesmo tendo sido gravada originalmente por Chitãozinho & Xororó.

O clima intimista do projeto, gravado em um estúdio com a presença apenas de alguns fãs, num clima meio que de “ensaio”, também foi respeitado na concepção harmônica das músicas, com arranjos mais suaves que os originais, exceto nas músicas com arranjos de sopro, que ganharam praticamente as mesmas roupagens das primeiras versões. Ainda assim, aparentemente a ideia do produtor Luiz Carlos Maluly e do maestro Caixote era mesmo valorizar a interpretação da Roberta. Por isso, as músicas foram escolhidas principalmente para valorizarem a voz chorosa da Roberta em letras de uma profundidade gritante.

A edição do vídeo do projeto também trouxe alguns elementos bacanas. Aproveitando o fato da Roberta Miranda ser uma grande adepta das redes sociais, o vídeo traz vez ou outra alguns fãs enviando mensagens pelo celular e até a própria Roberta no começo do show, com algumas frases aparecendo no vídeo entre uma música e outra. Fora os títulos das músicas todos devidamente acompanhados de hashtags.

Este DVD acabou sendo também uma homenagem a elementos importantes para a carreira da Roberta Miranda. Primeiro à mãe da Roberta, Maria, que ganhou uma música com seu nome, precedida de um belo discurso introdutório. Depois, a grande nação angolana através da música “Lua de Angola”, país onde a Roberta Miranda goza de um enorme prestígio junto ao público. A canção, um pouco longa demais, diga-se de passagem, ganhou inclusive uma coreografia típica com algumas bailarinas. Roberto Carlos, que aparece nos extras do DVD prestando reverência à Roberta, também foi homenageado no disco através da música “Café da Manhã”, mais uma dos tantos hits do rei já regravados pela Roberta Miranda. É a única música deste DVD, aliás, que não foi composta pela Roberta.

Alcione faz a única participação especial do DVD, cantando a música com a letra mais sensacional do disco. O verso “Mas não posso e nem careço de tomar veneno pois você está no meu sangue e vive a me matar” é simplesmente fantástico. Concebida originalmente para a Alcione, a canção finalmente acabou sendo gravada por ela em uma participação com a Roberta.

Pra um disco que comemora uma data tão marcante, talvez fosse mais interessante tivesse um aspecto mais grandioso. Não pela qualidade, até porque sou muito mais fã de discos intimistas do que de projetos megalomaníacos. Mas é fato que um quarto de século de carreira deve, em teoria, ser comemorado com mais pompa. Deixando apenas este caráter comemorativo de lado, o disco é de totalmente agradável. Arranjos de excelente gosto, como de praxe nos discos da Roberta. Vale totalmente a pena, principalmente para quem, como eu, ainda gosta de botar um disco pra tocar e apenas ouví-lo, sem necessariamente estar numa balada ou atrás do porta-malas aberto de um carro cheio de alto-falantes e coolers com latas de cerveja.

Nota: 9,0