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Sejamos realistas…

Sejamos realistas…

A cada nova onda de popularidade de determinado artista ou movimento musical, discursos inflamados em prol da moral, da proteção aos valores mais tradicionais da música sertaneja e da qualidade das músicas sertanejas lançadas na referida temporada surgem às pampas, ainda mais na atual realidade da Internet, com a total liberdade para quem quer que seja escrever o que bem entender em suas respectivas páginas no Twitter, Facebook, comentários de blogs, usando o nome que lhe convir sem que sofra com isso nenhum tipo de punição ou reprimenda. Confesso que eu, enquanto administrador de um dos poucos espaços da Internet onde se tenta levantar um debate inteligente acerca de um segmento estereotipado, tenho vontade de mandar boa parte desses “engraçadinhos” às favas. Mas recentemente fui surpreendido com alguns pensamentos meus que, quem diria, condiziam com boa parte desses comentários e declarações cibernéticas.

É que, assim como surgem tais declarações apaixonadas, surgem também no encalço dos produtos de sucesso em cada temporada os “copiões”, ou seja, artistas, empresários, produtores, etc, etc, etc, que simplesmente acham que o melhor a fazer é simplesmente ir na onda do que está dando certo e fazer exatamente a mesma coisa. Em tese, a prática de se copiar o que deu certo não é errada. Afinal de contas, se algo deu certo com uma pessoa, teoricamente isso significa que dará certo com outras, não é mesmo? O problema, no entanto, é que alguns profissionais de música sertaneja que praticamente não têm onde cair mortos simplesmente se esquecem da realidade na qual estão vivendo e trabalhando e chegam à fantasiosa conclusão de que podem competir pau a pau com estes artistas que deram certo com tal prática antes deles.

O mais recente exemplo dessa mentalidade do “vamos usar o que deu certo com fulano” é a invenção de apelidos para o sexo, iniciada pelo sucesso da música “Balada”, do Gusttavo Lima. O “tche tche re re tche tche” do jovem cantor mineiro já rendeu as mais incríveis variações. Até agora, que eu consigo me lembrar assim de cabeça, já tivemos o “tche tche re re tche tche”, o “tche tche tche” o “le le le”, o “tcha tcha tcha”, o “tãe tãe tãe tãe”, o “bará bará berê berê”, o “zum, zum, zum” e mais uma série de variações que aparecem diariamente. Num pensamento inicial acerca destes exemplos, é possível notar que a maioria deles é de artistas com trabalhos que já possuem certo alcance nacional e que, portanto, até têm lá suas condições de competir por uma fatia do mercado e de aproveitar um filão inaugurado pelo sucesso da música do Gusttavo Lima.

Porém, é particularmente um caso sério de “vergonha alheia” a gravação de uma música do tipo por um artista que mal tem dinheiro para gravar a porcaria da música, com a ilusão de que basta isso pra estourar. Na onda do filão anterior (o funknejo), por exemplo, as primeiras versões de funks cariocas foram gravadas por artistas dotados de recursos financeiros compatíveis com as pretensões dos mesmos. Convenhamos, o funknejo não chegaria jamais (e não vai chegar nunca) a superar os grandes nomes do mercado e seus respectivos segmentos musicais. Então sim, os recursos financeiros dos artistas que resolveram lançar suas versões de funk eram de fato compatíveis com o que se poderia alcançar. O problema é a incrível quantidade de artistas de quem ninguém quase nunca ouviu falar e sem um puto no bolso que resolveram embarcar nessa com a idéia de que “ora, se fulano conseguiu, eu também consigo”.

Quatro parágrafos de enrolação depois, eu posso finalmente deixar claro o objetivo deste texto. Como seria a música sertaneja se os artistas simplesmente abrissem os olhos e vivessem de acordo com a realidade? Será que um artista novato que quase ninguém conhece e que grava uma música que se refira ao sexo com um, sei lá, “bla bla bla”, tem condições reais de fazer sua música conhecida nacionalmente no mesmo nível do “tche tche re re tche tche”? Será que não é uma pretensão absurda achar que gravar a música e depois fazer uma fotomontagem no Youtube já garante uma competição justa e a fatia do mercado à qual o pobre coitado que gravou a música julga ter direito?

Isso serve também para artistas com melhor condição financeira, por que não? Chegamos num ponto onde a inteligência do público sertanejo é testada com cada vez mais frequência. Vejamos, o público aceitou o “tche tche re tche tche” e o “sou foda”, por exemplo. Porque eram novidades, eram idéias interessantes, diferentes, criativas, ainda que resultassem de adaptações ou regravações de canções de outras regiões. Acontece que a cada nova música lançada a partir da mesma idéia, o interesse do público automaticamente vai diminuindo para dar lugar à ridicularização. Na décima canção ou regravação em diante, o público deixa de achar interessante para achar simplesmente ridículo, idiota, bobo, mais do mesmo. Impressionante como hoje, por exemplo, o funknejo tenha se tornado algo tão ridicularizado até por boa parte do público mas mesmo assim ainda apareça por aí um ou outro gaiato que se arrisca a lançar a “versão sertaneja daquele sucesso do Mr. Catra”.

A ilusão de que isso dá certo parte, com certeza, de um bando de puxassacos e aproveitadores que querem se valer da inocência do artista e do seu empresário para arrancar uma graninha para si. É o radialista que fica no ouvido do empresário dizendo “Nossa, essa música é excelente, é isso que tá rolando, vamos fazer uma promoção na rádio com ela, fica só 7 mil reais“; é o dono de site de disparos que fica amaciando o ego do artista com frases do tipo “excelente, cara, a gente tem que fazer essa música chegar no povo, tenho aqui os e-mails de todas as rádios do Brasil, eu mando sua música pra eles por 5 mil“; é o divulgador que ilude o pobre coitado do cantor com um “é explosão, ixprudiu, bota 10 mil na minha mão que amanhã tá tocando em todas as rádios do interior do Acre“. O artista e seu empresário esquecem de viver na realidade e acabam acreditando em conversas pra boi dormir e continuam perdendo dezenas ou centenas de milhares de reais com músicas sem futuro algum.

Entre gastar toneladas de dinheiro ou simplesmente perder o pouco que se tem com uma repetição do que o mercado já está cansado de conhecer, porque os artistas simplesmente não optam por tocarem algo que às vezes lhes seja mais prazeroso ao invés de ir na onda deste ou daquele artista que conseguiu explodir com essa onda meses antes. Ora, a rádio vai tocar o que o artista disponibilizar para ser tocado, o divulgador vai divulgar o que o artista mandar, o site de disparos vai disparar a música que o artista quiser. Então porque não disparar algo novo, diferente, inédito, ao invés da mesma coisa que todo mundo recebe dia após dia? E se o artista for desprovido de recursos financeiros, isso é ainda mais válido. Ora, é melhor gastar o pouco que se tem com uma coisa que já foi feita por um punhado de gente ao invés de se lançar algo que realmente possa fazer alguma diferença?

O velho e manjado ditado de que “um raio não cai duas vezes no mesmo lugar” pode ser aplicado aqui. Entre o “será que vai dar certo de novo?” e o “ah, se já deu certo com o Fulano, então é melhor partir pra uma outra nova idéia“, no mercado sertanejo é beeeeeem melhor ficar com a segunda opção. Ora, se um funknejo deu certo com o Fulano, é bem mais provável que não dê certo com mais ninguém. Se uma música com apelido para o sexo já rendeu bons frutos para Beltrano e depois para o Ciclano, porque haveria de dar para um terceiro que está se aproveitando da mesmíssima idéia? É uma questão de lógica, ora bolas. O que é mais interessante: o novo e/ou inédito ou apenas mais do mesmo? A ilusão com o sucesso fácil não responde esse tipo de pergunta. A realidade sim.

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