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Chico Rey: vai a segunda voz, fica o legado

Chico Rey: vai a segunda voz, fica o legado

A essa altura, todos vocês já sabem que, infelizmente, perdemos ontem o cantor Chico Rey, que fazia dupla com o irmão Paraná. Vítima de complicações de uma hemodiálise durante um período de férias com a família em Maceió, ele não resistiu. Foram anos de luta contra a diabetes, com direito a um transplante de rim em 2011, que seu organismo rejeitou.

E mesmo com a repetição do mimimi nas redes sociais – “o Jornal Nacional não falou nada”, “ah agora todo mundo é fã dele”, etc. -, comum em todos os episódios envolvendo a morte de algum artista, o que importa é que nós, os reais amantes de música sertaneja, tenhamos a consciência do legado que ele deixou.

Em 2008, postei aqui uma lista com aqueles que, na minha opinião, eram os melhores segundeiros do Brasil. RELEMBRE. Chico Rey estava na lista. Afinal, o dueto da dupla Chico Rey & Paraná sempre foi um dos mais elogiados da nossa música. Mas o que esse dueto tinha assim de tão especial?

Vejam bem. Não é fácil fazer segunda voz. Algumas pessoas acreditam, inclusive, não ser possível aprendê-la e que ela já nasce com o indivíduo, sendo possível apenas despertar esse dom (já vi o Chrystian – do Ralf – defendeu essa tese em uma entrevista). Mais difícil ainda é fazer segunda voz para um cantor com nuances tão peculiares de interpretação quanto o Paraná. Ele canta nos tons mais altos possíveis e de maneira absolutamente confortável. Acompanhar algo assim é, de fato, tarefa de profissional. Tarefa essa cumprida durante mais de 30 anos com perfeição pelo Chico Rey.

O dueto de Chico Rey & Paraná é um dos que melhor ressaltam a importância do instituto da segunda voz na música sertaneja. É perfeito, sublime, irretocável. É o tipo de dueto que você usa como exemplo do porquê as piadas sobre a segunda voz são tão idiotas, geralmente omitidas por quem definitivamente não entende nada de música.

Apesar de não ser geralmente relembrada como dupla do primeiro time, o fato é que eles participaram ativamente de uma geração que ajudou a mudar os rumos da música sertaneja no fim da década de 80 e início da de 90. E estão entre as duplas da velha guarda que conseguiam emplacar, vez ou outra, uma nova canção que entraria para o rol de grandes clássicos do gênero sertanejo. “Um degrau na escada” é o exemplo mais recente disso. Mas na lista de canções inesquecíveis, dá pra listar ainda clássicos como “Você não sabe amar” (a minha preferida), “Tranque a porta e me beija”, “Amor Rebelde”, “Alma Transparente”, “Leão Domado”, “De carona com a saudade”, “Quem será seu outro amor?” (o maior sucesso) e diversas outras.

Os problemas de saúde já faziam parte da vida dele há alguns anos. Chegou a gravar um DVD praticamente sentado, o disco “Cantos e Cordas”. Por conta disso, uma situação peculiar foi observada diversas vezes, e assumida sem nenhum problema pelo Paraná. Em diversas ocasiões nas quais o Chico não tinha condições de se apresentar ou de seguir a apresentação, o Paraná cantou sozinho ou em parceria com o irmão mais novo da dupla, que inclusive posava para fotos no camarim ao fim das apresentações, o que rende alguma confusão em quem não conhece a dupla e vai até o Google Images pesquisar sobre eles. Sem falar nos diversos compromissos cumpridos pelo Paraná sem a presença do irmão nos últimos tempos, como por exemplo a participação no DVD da dupla Cleber & Cauan.

Isso e alguma declarações do Paraná dão a entender que a dupla pode continuar. É claro que ainda é muito cedo pra falar sobre isso. Entendam, estou apenas supondo, não estou afirmando nada. Mas a história da música sertaneja corrobora essa possibilidade com episódios similares. Ainda mais por se tratar de uma dupla de uma geração que não vê problemas em manter uma história de décadas, mesmo que com uma nova formação (Alan & Aladin, Felipe & Falcão, Matogrosso & Mathias, entre outros). Por isso, acho prudente evitar falar da morte do Chico Rey como se ela representasse o fim da dupla Chico Rey & Paraná. É melhor aguardar alguma declaração num futuro próximo.

Uma outra característica marcante da dupla sempre foi a habilidade em recordar clássicos e praticamente reeternizá-los em novas e inesquecíveis versões, como em “Canarinho Prisioneiro”, “Saco de Ouro”, entre outros. E é com um destes clássicos reeternizados que encerro o post, com a melhor versão (na minha singela opinião) do clássico “Velha Porteira” (que eles gravaram no disco “Sucessos de Ouro – Vol. 15”), gravado por duplas como Lourenço & Lourival e Irídio & Irineu. E no melhor formato possível: ao vivo, e no programa Viola Minha Viola, da também saudosa Inezita.